NÓS-UP – Reproduzimos a intervençom de Bruno Lopes Teixeiro, Responsável Nacional de Organizaçom de NÓS-UP, durante a homenagem ao jovem comunista Moncho Reboiras, no passado dia 12 de Agosto em Ferrol. Caras companheiras, caros companheiros Amigos e amigas Mais um ano reunimo-nos neste número 27 da rua da Terra para homenagear aquel jovem revolucionário, que era assassinado há agora trinta e seis anos polas balas fascistas da polícia espanhola. Lembramos Reboiras para manifestar umha verdade incontestável que, por incómoda, nom pode deixar de ser exprimida e divulgada: a história de tod@s aqueles e aquelas que luitárom com as armas na mao por evitar a morte da Galiza, num combate desigual, mas sem trégua. Reivindicar Moncho é reinvidicar o presente dum país e de umha classe que nom pede permissom para combater e que segue o rumo marcado. Reconhecemos a carga política de estar hoje aqui, homenageando um guerrilheiro, e temos a obrigaçom de continuar o caminho começado por Reboiras por ser a única garantia de avanço. Nom seremos nós que maquilhemos a sua figura, como fam os que sob o guardachuvas da bandeira vermelha e autodenominando-se comunistas ocultam capítulos imprescindíveis da nossa luita. Esses que temem a auto-organizaçom operária, a construçom e o combate por umha Pátria socialista. Cobardes crónicos que se conformam com as migalhas que reparte Espanha. Hoje mais que nunca, nom podemos esquecer José Ramom Reboiras Noia, Lola Castro, José Vilar ou José M. Sanmartim Bouça «Martinho», entre outr@s, galegas e galegos que nas últimas décadas entregárom a sua vida à libertaçom nacional e social deste país. Hoje mais que nunca devemos seguir o seu exemplo. Porque só luitando será possível um futuro de independência, socialismo e feminismo. Hoje mais que nunca, devemos reivindicar o direito da nossa classe à auto-organizaçom, alimentando com o heroísmo de Reboiras as possibilidades dum combate mais intenso no presente e no futuro. Há escasso mês e meio celebrávamos o nosso X aniversário como organizaçom política de massas do MLNG. Hoje quero recolher umhas linhas da minha intervençom neste mesmo lugar há agora quase oito anos no Dia da Galiza Combatente, e que mantenhem, neste caso devido a umha conjuntura distinta, plena vigência: «A nossa continuidade no tempo é de por si um valor de enorme magnitude. A firmeza no rumo traçado, o desprezo aos cantos de sereia, a serenidade e firmeza ante a dureza dos golpes e a solidade política som acertos estratégicos que sempre, invariavelmente, acabam em sucesso para a causa d@s oprimid@s e constituem provas de fogo para o enraizamento real dum projeto independentista, socialista e nom patriarcal na nossa Pátria. Conscientes de que nos aguarda um caminho longo, acidentado e difícil, tenhamos esta perspetiva e trabalhemos incansavelmente. A nossa persistência é a persistência da Galiza que luita.» Vivam @s combatentes galeg@s! Denantes mort@s que escrav@s! |