Galizalivre – Grande parte do galeguismo anda a botar as maos à cabeça pola desapariçom do centenário A Nosa Terra que chega após a morte de Vieiros e Gznación.
O presidente da editora Promocións Culturais Galegas, Alfonso Eiré Pucheiro, anunciou-na em declaraçons em numersos jornais como Público, Xornal ou Galicia Hoxe. De todas as entrevistas a Pucheiro desprende-se a mesma tese vitimista. ANT desaparece pola falta de apoio da Junta enquanto a empresa fará todo o possível para reflotar a cabeceira e defender os postos de trabalho. Este artigo demonstrará que Eiré mente. O seu plano por diluir a responsabilidade da quebra definitiva da direcçom e aforrar-lhe indenizaçons ao verdadeiro dono da empresa, a construturora San José de Jacinto Rey. Asemade, busca perpetuar a sua imagem como suposto mártir do jornalismo galeguista. A sexta-feira 3 de setembro Eiré convocou os 28 trabalhadores de ANT. Apareceu escoltado por dous advogados do bufete Cuatrecasas o mais prestigioso e caro de Barcelona. Os advogados comunicárom aos assalariados que a empresa já apresentara suspensom de pagos o 31 de julho. Eiré levava aireando esta decissom vários dias nos meios, que o chamárom alertados pola ausência do semanário dos quiosques. Asemade, negava qualquer informaçom oficial aos seus trabalhadores. O facto de apresentar a suspensom o 31 de julho e agochá-la durante um mês impediu aos assalariados, coordenados pola CIG, denunciar os atrassos dos seus salários que venhem sofrendo dende há um ano, que chegárom a ser de cinco pagas. Agora, devido a que o concurso de acredores se apresentou primeiro, só tenhem assegurados 30 dias de salário. Ademais, provavelmente nom cobrarám a indenizaçom que legalmente lhe corresponde. Umha quantidade que, no caso de vários jornalistas que passárom 20 anos ao carom de Eiré sacando adiante ANT ascenderia a mais de 7 milhons das antigas pesetas. A assembleia rematou com advogados de San José expulsados do local e umha trabalhadora evaquada em ambuláncia com umha crise de ansiedade. Bem parvos fôrom esses trabalhadores por nom ter denunciado antes, apontará com razom o leitor. Eiré, numha assembleia a começos de junho pediu «por favor» queninguém fosse ao julgado. Isto teria levado à quebra de ANT antes do verao, e o presidente pediu tempo para buscar liquidez. O certo é que Eiré adicou o verao a preparar a suspensom de pagos e asemade tratar de desvincular Jacinto Rey de ANT, para que nom tenha que assumir a responsabilidade de pagar o ERE que a empresa apresenta esta semana. O filho de Jacinto Rey, Javier Rey, demitiu como membro do Conselho de Administraçom o 10 de agosto (ver o PDF «documento 1»). A começos de setembro, segundo a versom de Eiré a La Voz San José revendeu-lhe a Pucheiro 97% das acçons de Promocións Culturais Galegas 2007. Esta sociedade ‑Promocións Culturais Galegas 2007- era o ecrám através da qual a construtora controlava a editorial de ANT ‑Promocións Culturais Galegas-. Eiré, segundo a sua versom, seria o proprietário real de ANT e a construtora nom teria que fazer frente aos impagamentos. Porém, essa suposta venda para livrar de responsabilidade a Jacinteo Rey segue sem aparecer no Registo Mercantil, no que San José segue com 97% das acçons através da sua filial Udra Medios, que também controla Xornal de Galicia (ver PDF «documento 2»). Em definitiva, Pucheiro prefereu tratar de eliminar a responsabilidade da Jacinto Rey na fim de ANT no lugar de defender os direitos dos seus companheiros, mália que vários passárom com ele tempos mui difíceis tirando do que durante anos foi a única publicaçom em galego. O outro ponto no que a opiniom pública pode estar enganada é na responsabilidade principal da fim de ANT. Persoeiros da cultural assinárom um manifesto no que, seguindo as declaraçons de Eiré, critica-se a Junta do PP por nom apoiar os meios em galego. Pucheiro exemplificou esta responsabilidade dos conservadores ao acussar o Parlamento de dar de baixa a sua suscriçom em quanto chegou ao poder no Paço do Hórreo. Algo que é falso, como pode comprovar qualquer um que se passe polo Parlamento. De quem é a responsabilidade da crise económica de ANT? Dous comunicados da CIG (o primeiro publicado em junho e o segundo em setembro) e do Sindicato de Xornalistas coincidem na «má gestom» da empresa. Pucheiro insiste em que nom logrou refinanciar a sua dívida com as caixas pola fusom e a crise. Malamente umha entidade financieira renegocia umha dívida com umha empresa que desde 2007, ano do desembarco de San José, nom publica contas no Registo Mercantil. A contabilidade de três anos nom foi apresentada até este julho. (Ver o PDF «documento3»). Nesse tempo, o Conselho de Administraçom mirou para outro lado perante os primeiros despedimentos e atrasso nos pagamentos. Obviou os chamamentos contínuos da CIG durante mais dum ano para que se apresentasse um plano de viabilidade. Outra prova da vinculaçom com San José é que no Conselho de Administraçom de ANT participam Miguel Barros, Ramón Barral e Fernando Filgueira (ver PDF «documento4»). Todos eles som também parte do Conselho de Administraçom de Xornal de Galicia, onde também os colocou Jacinto Rey, máximo accionista do diário. Evidentemente na desapariçom desta centenária cabeceira influi o giro da sua linha editorial. De defender abertamente a independência da Galiza, ANT passou a censurar qualquer actividade do soberanismo e da luita obreira, ámbitos de onde provinham grande parte dos seus suscritores, que logicamente se dérom de baixa. Eiré mesmo chegou a botar umha bolseira por ser detida numha manifestaçom contra o “pelotaço” de Massó em Cangas. Todo por nom molestar ao mecenas construtor, Jacinto Rey, que agora deixa na estacada ao que fora voceiro das Irmandades daFala ante a evidente incapacidade da equipa directiva de fazer de ANT um diário com umha mínima influência. Vê‑l´aí os factos, que cada quem julgue segundo o seu critério. Diario Liberdade |