Briga – A Constituiçom espanhola aprovada em 1978 e graças a qual se institucionalizaçou a opressom da Galiza assim como a exploraçom da sua classe trabalhadora foi respostada polas militantes e simpatizantes do MLNG, tal e como anunciavamos, na cita programada em Vigo pola organizaçom política da esquerda independentista galega, Nós-UP sob a palavra de ordem “Nem autonomia, nem constituiçom. Galiza pola Independência”.
A isso das 13h Abrám Alonso dava começo ao acto político no qual intervírom a nossa companheira Luzia Leirós e o porta-voz nacional de Nós-UP, Alberto Moço. As vozes de Mini e Mero chegárom ao mais profundo dos coraçons d@s presentes e que nom cessárom de berrar a favor da independência nacional nesta data icone para o régime espanhol.
O acto-concentraçom política finalizou com o canto do Hino Nacional e a queima simbólica de umha montagem em grande tamanho da Constituiçom espanhola. A jornada rematava com um jantar de confraternizaçom no Centro Social Lume!.
A seguir disponibilizamos o discurso da nossa companheira Luzia Leirós:
Dentro de dous dias a burguesia esponhola vai celebrar o trigésimo segundo ano da infame imposiçom ao povo trabalhador galego da Constituiçom espanhola. Quer dizer, do régime parlamentar burguês, instaurando umha falsa democracia que foi desenhada polo imperialismo para o imperialismo, para salvagardar os seus inteseres e o lucro da classe dominate espanhola com a ajuda do governo ianque. Um pacto que longe de dar lugar a umha ruptura democrática do franquismo supujo à segunda Restauraçom Bourbónica. Com especial destaque para o papel dos Pactos da Moncloa no contexto da mal chamada Transiçom. Pacto entre o reformismo espanholista e a classe dominante reaccionária, com o beneplácito do PC espanhol três contradiçons.
Em primeiro lugar, impuxo à classe trabalhadora galega viver sob a economia de mercado, obrigando‑a a aceitar uns níveis cada vez maiores de exploraçom. Em segundo lugar, impuxo às mulheres viver sob a opressom, dominaçom e exploraçom patriarcal e impuxo a família patriarco-burguesa como única unidade legítima de convivência e o heterossexismo como único modelo correcto de relaçom afectivo-sexual. Assim como também nos negárom o direito a decidir o nosso futuro como povo sob ameaça militar.
A juventude trabalhadora galega foi e é, gravemente perjudicada com a imposiçom da Constituçom espanhola. Hoje na Galiza, as e os jovens trabalhador@s sofremos na nossa pele umhas condiçons materiais de miséria, um índice de desemprego do 34%, o nível de eventualidade juvenil e a sinestralidade é das mais alta do estado, cobramos os salários mais baixos e, com seguridade, podemos dizer que foi-nos talada toda oportunidade de ter umha verdadeira independência económica o desenvolvimento de um projecto vital próprio.
É pois que este marco judiridico anti-obreiro e anti-popular só procura perpetuar a unidade de mercado do Estado espanhol mentres se destroi o sistema produtivo galego. A nossa língua e os nossos símbolos nacionais fôrom e som atacados sistematicamente na tentativa de homogeneizar a genuína identidade do povo trabalhador galego, assim no franquismo a pesar de que a nossa língua era reprimida, falava‑o o 80% das galegas, e agora que acedeu ao ensino, esta percentagem descendeu a quase metade.
Actualmente vivemos inmers@s numnha profunda e estrutual crise capitalista. @s trabalhadoras/es, em especial a juventude e as mulheres estamos a sofrer um significativo retrocesso nos nossos direitos laborais. Numha etapa histórica na que os capitalistas só querem acrescentar a seus benefícios e aproveitam a conjuntura para arrincar-lhe à juventude mais e mais direitos através do recorte no gasto público, umha reforma laboral aprovada polo governo do PSOE por decreto, e o anúncio de novas medidas chamadas “de ajustamento”.
A juventude rebelde reunida e organizada hoje aqui, é consciente da imperante necessidade de esforçar-se, e trabalhar e entregar o seu tempo e as suas melhores qualidades para combater todas e cada um dos golpes que o Capital, Espanha e o Patriarcado lançem contra nós. Nestes tempos de crise e de combate, apostamos por umha outra existosa jornada de Greve Geral na Galiza, que aglutine a tod@s aqueles/as jovens rebeldes e insubmis@s contra este sistema socio-económico injusto e que serva para dar umha contudente resposta a todos os planos elaborados pola burguesia contra nós. Da juventude revolucionaria organizada em BRIGA estamos dispost@s a luitar contra os exploradores no caminho que há que percorrer para construir umha outra Galiza, livre, socialista e feminista.
Viva Galiza Ceive!
Viva Galiza Socialista!
Viva Galiza Feminista!