MNG . Estamos assistindo a umha situaçom de crise estructural do sistema capitalista no seu conjunto que está ao borde do colapso e da que pretendem sair cargando sobre as costas das persoas mais desfavorecidas o custo da sua avaricia.
Encaminham-nos cara um futuro onde as desigualdades cada vez som mais profundas. A pobreza esta globalizada e sufrem-na as mulheres fundamentalmente.
O governo do PSOE, com o apoio do PP, plegou-se totalmente aos intereses do gram capital e com a desculpa da crise estam a impor recortes sociais e de direitos. Pola contra, os causantes desta situaçom estam a receber do Estado ajudas de milhares de milhons de euros.
As verdadeiras vítimas desta crise, estamos a pagar estas reformas a costa dos nossos direitos e dos nossos petos. Como ejemplos: a eliminaçom da ajuda de 426 euros as pessoas paradas sem subsídio nem prestaçom por desemprego; a subida dos serviços básicos (luz, gás…); o aumento da precariedade com a reforma laboral; a suba da imposiçom indirecta máis regresiva; a iminente reforma das pensons…
O sistema PÚBLICO de pensons goza de boa saúde, com um superávit em 2009 de 8.500 milhons de euros, e um Fundo de Reserva, os excedentes da Seguridade Social, de 65.000 milhons de euros (6% do PIB).
A reforma do sistema de pensons pretende, entre outras cousas:
• Arruinar o modelo público, para privatizar o sistema e poder especular.
• Atrasar a idade legal de jubilaçom de 65 a 67 anos e ampliar a base de cotizaçom necesaria o que suporá reduzir um 15% a quantia da pensom méia.
• Limitar o acesso e a quantia das pensons de viudedade e orfandade.
Nas condiçons atuais de temporalidade, precariedade e desemprego, a maior parte das pessoas trabalhadoras actuais nom cumprirá jamais os requisitos mínimos para aceder a uma pensom que cubra as suas necessidades básicas, o qual afectara-nos especialmente às mulheres,
Na Galiza a taxa de desemprego feminina segue sendo maior que a masculina. Ademais, as mulheres seguimos sendo ampla maioria nas categorias mais precárias, tanto na qualidade do emprego (temporalidade, tempo parcial, subemprego), como de desemprego (longa duraçom, sem emprego anterior, sem prestaçom de desemprego). Os nossos rendimentos e as nossas pensons som muito menores e em muitos casos inexistentes, apesar de quetrabalhamos muitas mais horas. Em definitiva, a situaçom das mulheres é dramática, pois segundo a crise generaliza-se a todos os setores, somos as pessoas pior situadas as que mais a sofrimos.
Se até agora a nossa vida laboral transcorría entre desemprego ou postos de traballo máis precários, com menores salários (ate um 30% menos que os homes), com contratos a tempo parcial ou despedimentos em caso de gravidez, nom é difícil imaxinar o futuro que nos deparam.
A reduçom do gasto público vai ter gravissimas repercusons, entre outras: a reduçom do emprego público, recortes nos investimentos de servizos sociais, escolas infantis, residências, comedores,…, o que fai mais difícil a incorporaçom das mulheres aos postos de trabalho; á privatizaçom dá educaçom e da sanidade pública, carregando sobre as costas das mulheres a atençom das pessoas dependentes, doentes e das crianças e pessoas maiores.
O que se nos trata de impor é um sistema político-económico no que, o capitalismo mais salvagem alia-se com o patriarcado. A volta das mulheres ao fogar proporcionará às empresas homens totalmente disponívels e, como únicos sustentadores, absolutamente sumisos ao poder.
Nom podemos as feministas calar neste momento, temos que defender o nosso direito a um posto trabalho, numhas condiçons, e com um salario dignos.Tem-se que escoitar a nossa voz, pois temos muito que dizer, a defessa das conquistas no eido laboral tem muito que ver com a luita do movemento feminista. Nom podemos consentir que se menosprece o no nosso trabalho, mas para eso temos que estar firmes e unidas, plantejando as nossas alternativas. Nom podemos ficar mudas.
Por iso apoiamos a greve geral convocada pola CIG para o 27 de janeiro na Galiza.
Este 27 de janeiro tem que ser umha jornada de luita, e participaçom activa das feministas nas mobilizaçons, com apoio total a gréve geral para dizer alto e forte:
Que nom decidam por nós.
Nom a reforma das pensons que condena as mulleres á precariedade.
Porque nom podemos ser cúmplices dum retroceso histórico nas condiçons de vida da maioria da povaçom na Galiza , mas sobre todo nom queremos ser cúmplices no retroceso dos nossos direitos como mulheres conqueridos tras séculos de luita.