Traducción del portugues a castellano por La Haine
Portugues
A Editora Fundação Perseu Abramo está lançando a 3ª edição de «O Marxismo na América Latina», obra organizada por Michael Löwy que traz ao leitor uma introdução crítica às situações que tornaram as missões de implantação do “marxismo prático” mais complexas e controversas em nosso continente. Com isso, o autor propõe imersão diante de algumas questões pontuais: submissão ou não às propostas das II e III Internacionais, embates entre partidos com tendências stalinistas, trotskistas e até sociais-democratas, além da dificuldade de se encontrar, de fato, um caráter para a revolução na América Latina. Dentro das próprias unidades nacionais, se resgatarmos a história, muitos movimentos organizados pró-marxismo deixaram de se fortalecer mutuamente em razão de discordâncias quanto ao modo de operacionalização.
O livro distingue três períodos na história do Marxismo na América Latina: O primeiro é um período revolucionário, ocorrido desde a década de 1920 até meados dos anos 1930. O período stalinista, de meados da década de 1930 até 1959, compreende o segundo momento durante o qual a interpretação soviética de marxismo foi hegemônica. Por fim, o período após a Revolução Cubana, que vê a ascensão de correntes radicais. O traço comum neste último é a natureza socialista da revolução e a busca de legitimidade por meio da luta armada.
A aplicação do marxismo na América Latina sempre esteve diante de vasta pluralidade étnica e social, sendo estas cercadas por aspectos históricos que marcam a singularidade de cada país deste território. A partir deste entendimento, que diz respeito a um fenômeno ainda vigente, se faz necessária reflexão sobre a falta de compilações que reúnam textos políticos importantes para uma compreensão mais ampla do pensamento marxista local. A virtude central de “O Marxismo na América Latina”, em sua 3ª edição, é fornecer informações essenciais para pesquisadores e militantes, sobretudo em favor de suas ações nos dias atuais.
O trabalho desenvolvido por Michael Löwy é amplo e retorna ao final do século XIX para buscar os primeiros vestígios de intenções socialistas em nosso continente. Em primeira instância, nota-se influência trazida por imigrantes alemães, italianos e espanhóis embasados nas teorias de Marx. Em um segundo momento, autores nativos iniciaram a saga de publicações difusoras do marxismo. Neste contexto, “O Marxismo na América Latina” contempla escritos que vão desde Juan B. Justo, argentino que traduziu a obra “O Capital” para o espanhol, até Carlos Marighella, chegando aos dias atuais. Destaque para a importância dada a correntes minoritárias, que geralmente ficam às margens da história contada pelo universo acadêmico.
Löwy descreve assim a metodologia de construção da obra:
“O método desta antologia é decidamente historicista: trata-se de considerar a evolução do pensamento marxista no quadro das lutas políticas em cada período histórico da América Latina. Por outro lado, se baseia na suposição de que a história do marxismo na América Latina não pode ser considerada como um universo à parte, separado do contexto internacional; por isso, ressaltamos em cada etapa sua ligação com as transformações do movimento operário mundial.”
Castellano
La Editora Fundación Perseu Abramo está lanzando la 3º edición del “O Marxismo na América Latina” “El Marxismo en América Latina”, obra organizada por Michael Löwy que trae al lectro una introducción crítica a las situaciones que desembocaron en “un marxismo práctico” más complejas y controvertidas en nuestro continente.
El autor propone unas cuantas cuestiones puntuales: sumisión o no a las propuestas de la II y III Internacionales, embates entre partidos con tendencias stalinistas, trotskistas y hasta social-demócratas, además de la dificultad de encontrar un carácter propio para la revolución en América Latina. Muchos movimientos organizados pro-marxismo se dejaron de fortalecer mutuamente en razón de las diferencias en cuanto a la praxis.
El libro distingue tres períodos en la historia del Marxismo en América Latina: El primero es un período revolucionario, ocurrido desde la década de 1920 hasta mediados de los años 1930. El período stalinista, de mediados de la década de 1930 hasta 1959, comprende el segundo momento durante el cual la interpretación soviética del marxismo fue hegemónica. Por fin, el período después de la Revolución Cubana, en el que asoman corrientes radicales. El elemento común en este último es la naturaleza socialista de la revolución y la búsqueda de legitimidad por medio de la lucha armada.
La aplicación del marxismo en América Latina siempre estuvo delante de una extensa pluralidad étinica y social, siendo además influenciadas por aspectos históricos que marcan la singularidad de cada país de este territorio. A partir de esta comprensión, respecto a un fenómeno aún vigente, por lo que se hace necesaria una compilación de textos políticos importantes con el objetivo de divulgar informaciones esenciales para investigadores y militantes, sobre todo, a favor de sus acciones en los días actuales.
El trabajo desarrollado por Michael Löwy es amplio y regresa al final del siglo XIX para buscar los primeros vestigios de intenciones socialistas en nuestro continente. Notándose, en un primer momento, la influencia aportada por los inmigrantes alemanes, italianos y españoles basados en las teorías de Marx. En un segundo momento autores nativos inician la saga de publiciones difusoras del marxismo. En este contexto este libro contempla escritos que van desde Juan B. Justo, argentido que tradujo la obra “El Capital” al español, Carlos Marighella, llegando hasta los días actuales. Hay que destacar la importancia dada a las corrientes minoritarias, que generalmente quedan al margen de la historia contada por el universo académico.
Löwy describe así la metodología de construcción de la obra:
“El método de esta antología es historicista: se trata de considerar la evolución del pensamiento marxista en el marco de las luchas políticas en cada período histórico de América Latina. Por otro lado, se basa en la suposición de que la historia del marxismo en América Latina no puede ser considerada como un universo a parte, separado del contexto internacional; por eso subrayamos en cada etapa su vínculo con las transformaciones del movimiento obrero mundial”