NÓS-UP – No vindouro 22 de Junho, terça-feira, às 10 horas decorrerá em Ferrol o julgamento contra quatro membros da Direcçom Nacional de NÓS-Unidade Popular pola acçom contra a simbologia fascista levada a cabo a 20 de Novembro de 2005 nessa mesma cidade, em concreto na casa natal do ditador Francisco Franco, e que fazia parte da campanha iniciada naquela altura pola nossa organizaçom sob a legenda «Simbologia fascista fora da Galiza: higiene, justiça e dignidade democrática». Pola realizaçom desta acçom, feita de jeito aberto e público e consistente na pintagem de cor de rosa da fachada do prédio e na destruiçom da placa que lembrava o general assassino que designou Juan Carlos de Bourbon como o seu sucessor na chefia do Estado espanhol, os nossos companheiros fôrom na altura detidos e posteriormente libertados com cargos, denunciados pola Fundación Francisco Franco e acusados de um delito de «danos» e umha falta de «deslucimento de bens imóveis». A Fiscalia solicita a sua condena e o pagamento de 25.000 euros em conceito de multas e indemnizaçom ou, caso nom sejam cobertos, umha pena de 210 dias de cárcere para cada um. NÓS-Unidade Popular reivindica e assume plenamente esta acçom que fazia parte da nossa campanha nacional contra a presença de simbologia franquista nas ruas da Galiza. Durante meses, @s militantes da esquerda independentista e socialista retiramos e boicotamos dúzias e dúzias de placas, monumentos e todo o tipo de elementos de exaltaçom fascista. De Ponferrada a Noia e de Ferrol a Tui, muitas vilas e cidades da nossa Naçom fôrom libertadas destas humilhantes lembranças do Genocídio Galego que nem a Junta da Galiza, nem as cámaras municipais, nem o governo espanhol tivérom vontade política de retirar apesar, inclusive, das reiteradas solicitudes oficiais que NÓS-UP fijo ao governo bipartido de Tourinho e Quintana, ou de umha insuficiente e decepcionante Lei de Memória Histórica que o PSOE aprovou na sua etapa de gestos «progres» que ocultavam o seu projecto neoliberal e pró-burguês. Um projecto hoje evidente em forma de cortes sociais, despedimentos baratos e reforma das pensons. O compromisso antifascista fai parte consubstancial do nosso projecto político, estando presente mesmo desde antes da constituiçom formal de NÓS-Unidade Popular com acçons como a pintagem de cor de rosa da estatua eqüestre de Franco, realizada em 2000 e também em Ferrol, e que continuou e continuará no futuro enquanto na Galiza continuar a haver símbolos fascistas a sujar as nossas ruas e a memória d@s milhares de compatriotas assassinad@s pola barbárie criminosa que o fascismo espanhol desatou em 1936. Umha barbárie em massa que tinha o objectivo de eliminar o esperançoso movimento de autoorganizaçom e luita operária e popular e o crescente processo de reconstruçom nacional que a Galiza vivia na altura. Agora, enquanto na Galiza continua presente muita simbologia fascista pola passividade e desinteresse dos diferentes governos, Abraám Alonso Pinheiro, José Dias Cadaveira, Alberte Moço Quintela e Carlos Morais, serám julgados por fazerem o que estas instituiçons deveriam ter feito há décadas, demonstrando nos factos que a Transiçom nom supujo umha ruptura com o franquismo e que o Estado espanhol continua a apresentar graves défices democráticos e a negar a memória, a dignidade e os direitos do nosso Povo, das vítimas do alçamento militar-fascista e d@s seus/suas familiares. Solidariedade com Abraám, Carlos, José e Alberte! Simbologia fascista fora da Galiza! 1936 – 2010, a luita continua! Direcçom Nacional de NÓS-Unidade Popular Galiza, 18 de Junho de 2010 |