Até corente visitas de familiares a presos e presas políticas bascas foram perdidas na última fim de semana pola sua negaçom a serem cacheadas antes de visitarem aos seus seres queridos. Esta prática, totalmente desnecessária tendo em conta que já som obrigadas a passarem por detectores de metais e “scanners (como os que há nos aeroportos), nem é umha medida de segurança senom simplesmente um meio mais para castigar animicamente a pessoas que nom cometeram delito nenhum. Reproduzimos a testemunha em primeira pessoa da carta de uma familiar de um militante basco preso em Teixeiro a um solidário galego (preservamos os seus dados pessoais):
“Bom, já estou de novo aqui para comentar-che o sucedido esta fim de semana.
Como imaginarás continuamos igual. Quando chegamos às 9h00 nom nos digérom absolutamente nada, figémos a visita sem nenhum problema e ao terminar a comunicaçom por locutórios digérom-nos que tínhamos que sair. Perguntamos o porquê, isto nom é normal, o lógico é que tivéssemos subido já ao vis-à-vis, ninguém nos dixo nada, simplesmente que tínhamos que sair. Saímos e à entrada, onde se entregam os bilhetes de identidade estava o chefe de serviços esperando-nos. Dixo-nos que para ir ao vis-à-vis tinham-nos que cachear. Como compreenderás digemos-lhe que por quê, contestou-nos que tinham ordens de Instituiçons Penitenciárias, pedimos-lhe a ordem. Aí começárom os gritos por parte de chefe de serviços, mas é que nom podes imaginar que modais, vamos, que todas as suas respostas eram “que porque le salía a él de los cojones” ou “poque las cosas se hacían como le salía a él de los cojones”, digemos-lhe que essa nom era forma de falar, contestou-nos que era a sua forma de falar. Apareceu umha mulhers, que também dizia que ou nos cacheavam ou nom entrávamos. Perguntamos-lhe a ver quem era e contestou-nos que ela era “el mando de incidencias” a subdirectora de segurança. Continuamos falando com ela, limitava-se a dizer o mesmo e com umha atitude do mais chula, como é o clássico em toda esta gentalha. Pedimos-lhe ao chefe de serviços o seu nome ou o seu número, negou-se a dar-no-lo. Nom lhes tirávamos de que denunciaríamos os factos a Instituiçons Penitenciárias e ameaçárom-nos várias vezes com chamar à guarda civil. Tivemos que sair, porque era um facto palpável de que a iam chamar. Pedimos as folhas de reclamaçons no cárcere e apresentamos denúncia polo facto de que nos queriam fazer apalpamentos corporais para entrar ao vis-à-vis existindo como existem o arco e a raqueta. Também apresentamos denúncia polo comportamento do chefe de serviços, polos seus gritos, forma de tratar-nos e polo seu vocabulário tam soez e fora de lugar.
Todo isto é incompreensível, nom só tratam de humilhar-nos querendo-nos fazer apalpamentos corporais, agora também tratam de humilhar-nos tratando-nos de tam más maneiras, gritando-nos desmesuradamente e com essa classe de vocabulário. Que teria passado se algum de nós se tivesse dirigido a eles dessa forma? Avondaria dizer que como essa era a nossa forma de falar? Desde logo o meu filho nom fijo nada de todo isso, há 15 dias quando estivemos a vez anterior e o castigárom sem poder entrar no cárcere durante 3 meses. Está visto que esta gentalha sigue a aplicar que eles tenhem direito a todo e nós só ao que o chefe de serviços de turno “le sale de los cojones”.
Também queria comentar-che que os presos de Teixeiro se pugérom durante toda esta semana em protesto, cortárom todas as comunicaçons com o exterior desde hoje 30 até o 6 de Dezembro, polo tanto nem farám nengumha chamada telefónica, nem escreverám cartas e a próxima fim de semana nom farám nenhumha visita vis-à-vis.
Bom, polo de agora é tudo, continuarei-che comentando todas as novidades que haja. ”