Primeira Linha – Há bem pouco era Felipe González quem era contratado como conselheiro independente por Gas Natural, agora também o seu sucessor à frente do governo espanhol, José María Aznar, acaba de ser «fichado» por Endesa como assessor externo para América Latina.
Ocupaçons polas quais estes dous importantes políticos espanhóis receberám anualmente 126.500 euros, no caso do ex-dirigente «socialista», e aproximadamente 200.000 no caso do fascista Aznar.
Som quiçá os casos mais evidentes da estreita vinculaçom existente entre a casta política espanhola e a grande burguesia estatal e internacional (Aznar, por exemplo, é também conselheiro da News Corporation, do grupo Murdoch). Mas, por suposto, nom som os únicos. O ex-ministro do PSOE Narcis Serra também é conselheiro de Gas Natural (empresa participada por La Caixa e Repsol YPF) na sua qualidade de presidente de Catalunya Caixa. Outro ex-ministro, Rodrigo Rato, é o conhecido presidente de Caja Madrid e foi o principal dirigente do FMI. Javier Solana e Eduardo Zaplana, retirados da política activa, som conselheiros de Acciona e Telefónica. A lista poderia seguir, e mais se engadimos membros destacados doutros partidos burgueses como o PNB ou CiU. No caso do regionalismo basco também é conhecido o passo do seu anterior presidente, José Jon Imaz, a outra presidência, desta vez a de Petronor.
Por umha parte estas empresas beneficiam-se da informaçom privilegiada e dos contactos obtidos por estes políticos graças ao seu passo pola direcçom do Estado. Por outra recompensam a quem tanto as ajudárom com privatizaçons, vendas de empresas a baixos prezos e reformas neoliberais de todo o tipo, sempre em benefício da burguesia e contra os interesses das classes populares.
Umha ligaçom entre o capital e o Estado e os seus dirigentes que demonstra às claras que a democracia burguesa espanhola nom é tal democracia, e que ajuda a entendermos também as reformas antipopulares que está a levar avante nos últimos meses o governo de Zapatero (desde a reforma laboral à reforma das pensons, passando pola subida da luz e do gás, os recortes aos trabalhadores e trabalhadoras da administraçom ou a subida do IVA). Dentro de uns anos saberemos que empresa recompensa polos bons serviços emprestados a Zapatero e os seus ministros com um novo posto de conselheiro e umha obscena retribuiçom que multiplique por muito o salário de qualquer trabalhador ou trabalhadora.