Neste domingo, dia 5 de junho, NÓS-Unidade Popular tinha convocado umha romaria popular na capital da Galiza, para comemorar os 10 anos da sua Assembleia Nacional Constituinte, decorrida em Compostela em junho de 2001. Música, jogos, palestras e debates sucedêrom-se ao longo da jornada, incluindo um ato político em que Alberte Moço, em representaçom da Direçom Nacional de NÓS-Unidade Popular, confirmou «a passagem para umha nova etapa», avançada já meses atrás, e que, nas suas palavras, tenciona «recuperar a direçom certa à independência, ao socialismo e à aboliçom do patriarcado». Alberte Moço afirmou que «hoje nom fai nengum sentido ocultar o nosso programa revolucionário detrás de reivindicaçons democraticistas porque o povo começa a compreender que o Estado nom é mais que o braço político da classe dominante», acrescentando que «nom há justificaçom para esconder a nossa aposta na independência nacional, porque está em jogo a nossa sobrevivência como povo e porque os eufemismos só nos achegam a quem é incapaz de assumir a necessidade de dotar a Galiza dum Estado obreiro». O porta-voz Nacional de NÓS-UP afirmou que a corrente política que representa «vai livrar mais umha vez a batalha política e ideológica contra o regionalismo e contra o reformismo», para o qual, dixo, «nom valem já certos esquemas aplicados nos últimos cinco anos». Nesse ponto, e sublinhando a necessidade de «manter a iniciativa constante sem esperar por ninguém», situou a iniciativa de «convocar no próximo 25 de Julho um Dia da Pátria independentista, socialista e feminista». «Coincidiremos na rua e nas luitas» Em relaçom às diferenças com outras correntes da esquerda soberanista, Alberte Moço indicou que a convocatória própria de NÓS-UP nom significa que NÓS-UP pretenda «ir contra o resto de forças e correntes da esquerda soberanista e independentista», esclarecendo que «na rua e nas luitas coincidimos e coincidiremos, mas nom por isso devemos submeter-nos a umhas dialéticas minimalistas que nom colmatam as nossas expetativas nem facilitam o desenvolvimento do genuíno projeto revolucionário». No ato político tomárom a palavra também militantes e ex-militantes de NÓS-Unidade Popular, oferecendo perspetivas pessoais da história recente da esquerda independentista galega e defendendo a vigência das ideias e o projeto representado por NÓS-UP.
Para além do ato político, a jornada incluiu, a partir do meio-dia deste domingo, música tradicional, jogos populares, um jantar coletivo e eventos culturais variados, com participaçom de cantores como Xosé Constenla e Servando Barreiro, sindicalistas, poetas, historiadores e outras atividades lúdicas e de debate. Assim, Dionísio Pereira e Xurxo Martínez Crespo apresentárom as suas mais recentes obras de investigaçom, Calros Solha e José Manuel Barbosa falárom sobre o património cultural galego em perigo e Bernardo Máiz, Luzia Leirós e Óscar Peres Lopes debatêrom sobre os mecanismos de resistência e luita do povo trabalhador galego do ponto de vista da história, do sindicalismo e da juventude. Um recital poético, atividades para crianças, umha competiçom de bilharda e outros jogos populares completárom o programa de comemoraçom dos 10 anos de NÓS-Unidade Popular, numha jornada que concluiu com um concerto ao ar livre no cámpus sul compostelano. |